Polazzo e Cesaretto

Recentemente, em alguns hospitais, ocorreu uma mudança polêmica em sua política de contratação de médicos, promovendo a transição de contratos por Pessoa Jurídica (PJ) para a Sociedade em Conta de Participação (SCP). No entanto, essa decisão tem gerado preocupação entre os médicos, e com razão.

Neste artigo, discutiremos em detalhes por que essa mudança é inadequada e até mesmo ilegal, destacando os riscos envolvidos tanto do ponto de vista fiscal quanto criminal.

Médicos, é essencial que vocês estejam cientes dos perigos que essa mudança representa para suas carreiras e sua situação financeira.

A SCP e a prestação de serviços médicos: Pode ser considerado um crime

A Sociedade em Conta de Participação (SCP) é uma estrutura legalutilizada principalmente para fins de investimento e não está destinada à prestação de serviços, especialmente no campo da medicina.

Aceitar a oferta de SCP para a realização de plantões médicos é considerado crime, sujeito a sérias consequências legais.

Os Riscos da SCP para Médicos

A SCP no contexto médico envolve riscos substanciais. Além de ser ilegal, a aceitação desse tipo de contrato pode resultar em:

1. Sonegação Fiscal

A tributação inadequada via SCP pode levar a problemas sérios com a Receita Federal. Os médicos que aceitam SCP podem ser enquadrados em crimes fiscais.

2. Responsabilidade Criminal

Médicos que participam de SCP para prestar serviços médicos também podem enfrentar responsabilidade criminal. Ignorar os riscos associados à SCP não é uma opção.

3. Problemas de Regularização

A regularização de situações fiscais e jurídicas após envolvimento em SCP pode ser complexa e onerosa, resultando em gastos significativos com advogados e processos judiciais.

4. Desvalorização Profissional

A aceitação de SCP em detrimento de contratos adequados prejudica a valorização da classe médica e a qualidade dos serviços de saúde oferecidos à comunidade.

Em Resumo

Rejeitar a SCP para a prestação de serviços médicos é uma decisão sábia e em conformidade com a lei, protegendo médicos de riscos fiscais e criminais.

É vital que a comunidade médica resista a pressões financeiras e se una em defesa da valorização de sua profissão e da qualidade dos serviços de saúde prestados à comunidade.

Qualquer proposta que viole a lei e os princípios éticos da medicina deve ser rejeitada.

A comunidade médica deve buscar soluções legais e éticaspara preservar a integridade da medicina e a qualidade da assistência médica, mantendo-se vigilante contra práticas inadequadas.